Bem vindo ao Dalah Djembe!

Este espaço destina-se a todos aqueles que apreciam a sonoridade da percussão africana e dos ritmos da cultura mandinga.
Surge pela necessidade de criar um local onde pudesse divulgar os meus conhecimentos e os meus projectos, mas também pela necessidade de fornecer um espaço onde todos possam partilhar conhecimentos e experiências, partilharem livros, tabs, compositores, músicas, cd's, expôr problemas e procurar soluções, ou até mesmo vender ou trocar instrumentos.
Outro dos motivos que me levou a criar este espaço é o facto de haver relativamente poucas pessoas que saibam efectivamente tocar djambé, pois há uma enorme diferença entre tocar e fazer barulho, e por isso ser difícil para muitos de nós, dependendo também do local onde vivemos, conhecer pessoas que partilhem este gosto, e com quem possamos tocar e desenvolver as nossas capacidades. Assim, aqui também poderão combinar "jam sessions" ou outros eventos e combinar locais de reunião regular, consoante as áreas de residência de cada um.
Tudo o que apresentar aqui é da minha inteira responsabilidade, tratando-se das minhas reflexões e opiniões, baseadas nos meus conhecimentos e na minha experiência, não me assumindo de forma alguma um expert ou um mestre na matéria, e por esse facto espero que todos vós partilhem comigo os vossos conhecimentos, experiências, reflexões, opiniões, dúvidas ou mesmo correcções aos artigos que vos apresento.
Espero, acima de tudo, que este blogue traga algo de novo e que de alguma forma vos seja útil.

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Procuro pessoal para formar um grupo de djambés e dundumbas para tocar ritmos mandinga.

A ideia é proporcionar a oportunidade para tocar, para nos divertirmos a fazer uma coisa que gostamos, para aprender os ritmos mandinga e, quem sabe, o grupo poder atingir um nível qualitativo suficiente para participar em concertos e espectáculos.

Os interessados apenas deverão ter djambé próprio, de tamanho "grande".

Para mais informações enviar e-mail para: dalahdjembe.info@gmail.com

Não sejam tímidos! Fico à vossa espera!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Começar a tocar

Como referi no ultimo artigo, no inicio não arrancamos mais que duas notas do djambé, pois por mais que até consigamos arrancar mais uma ou outra, o difícil é conseguir repeti-las.
Por isso é crucial, caso se esteja mesmo interessado em aprender a tocar, procurar a informação correcta, seja uma pessoa que já sabe tocar, ou sejam tabs de ritmos, que na maioria até indicam qual a mão que deverá dar a nota (ex.: dtª - esqª - dtª - dtª - esqª - dtª).
Mas muitas vezes apenas não conhecemos ninguém que toque regularmente, ou mesmo que toque, com quem possamos praticar e evoluir, e muitas vezes quando aparece nem sequer a conhecemos... Gera-se então outro problema: devemos ou não confiar?... Eu aconselho a que confiem, pois até hoje não conheci nenhum gang dos djambés em que se tivessem aproveitado de mim para ganharem o dia. Normalmente, um grupo que esteja a tocar está em paz, e na maior parte das vezes são receptivos a deixarem que alguém se junte a eles. Além disso, tocar em grupo pode trazer muitas vantagens, das quais destaco a questão de não se estar sozinho, o que é suficientemente dissuasor para alguém que não tenha boas intenções (pois eles "andam aí", e um djambé vale dinheiro...), e o facto da maior parte dos ritmos terem mais do que uma voz, pelo que, quanto maior o grupo, melhor se poderá tocar e compreender os diferentes ritmos.
Falo em relação ao perigo de se tocar sozinho pelo facto de normalmente nos termos que isolar um pouco para não sermos incomodados e para não incomodarmos ninguém, ou seja, sabemos que é um instrumento barulhento, além do facto de muitas vezes se aproximar alguém a perguntar se pode tocar um bocadinho... ...e como podemos nós praticar, se outra pessoa estiver a tocar em vez de nós?...
Tal como referi no ultimo artigo, os ritmos baseiam-se em 6 notas, as quais são: thumb; midle thumb e bass, podendo estas 3 notas serem open ou closed (o que prefaz 6 notas). As tabs indicam justamente estas notas, o tempo (binário, ternário, quaternário...) e qual a mão que dá a nota. Contêm também a voz de chamada (marca a entrada das restantes vozes ou de um break) e de fim, os solos e as várias vozes de djambé que constituem o ritmo, à semelhança das vozes das dundumbas ou do kenkeni. Uma voz não é mais que uma variação do ritmo principal que se encaixa na perfeição no mesmo, e permite que o resultado final seja muito mais composto e preenchido, evitando que o ritmo fique um pouco quadrado ou mesmo monótono.
Não devemos tentar logo tocar o ritmo rápido e completo. O processo de aprendizagem é lento e é necessário ter paciência e persistência. Primeiro é necessário compreender o tempo, o que pode representar uma dificuldade para quem não perceba muito de música. Cada tempo pode subdividir-se em vários tempos, onde se encaixam as notas. Por isso, antes de tocar, há que ouvir o ritmo e acompanhar com palmas. Irão imediatamente perceber que o ritmo das palmas vai corresponder ao tempo, e o número de palmas que se batem até perfazer a frase irá corresponder ao tipo de tempo (ex.: 2 palmas = binário; 3 palmas = ternário; etc..), e assim será possível compreender quantas notas se encaixam no mesmo.
Uma vez que pode ser difícil compreender a localização das notas no tempo, e também ouvir o ritmo (pois podemos não conhecer ninguém que o saiba tocar), aconselho a arranjarem um programa de música, mesmo básico, que disponha do modo de composição (pesquisem na net e aparecerão milhares de free downloads, sendo normalmente de poucos megas). Por mais básico que seja o programa, e por menos instrumentos que tenha disponíveis, têm sempre a opção de escolher o tempo, bastando depois copiar a tab do ritmo encaixando as notas devidamente. Bastará então dar uma sonoridade grave à nota bass e diferenciar ligeiramente as notas thumb e midle thumb, e terão uma boa ideia de como deverá soar o ritmo.
O passo seguinte passa por tocar muito devagar (muito mesmo!) para automatizar a troca das mãos e da posição das mesmas, e repetir... ...fazer muitas, muitas repetições. Um exercício que vos poderá ajudar a mecanizar o posicionamento das mãos consiste em fazer sequências com as 3 notas principais (ex.: thumb - thumb - midle thumb - midle thumb - bass - bass - thumb - thumb - etc..) e fazer este exercício durante vários minutos, todos as vezes que vos apetecer tocar.
Depois de se conseguir tocar o ritmo, ou seja, trocar as mãos e as suas posições, podemos então acelerar um pouco, sempre progressivamente, e ficar sempre uns bons minutos a tocar nessa cadência, pois perceberão que ao inicio acabam por se enganar, além de que começarão a doer as mãos e os braços...
Espero que pelo menos experimentem estes métodos, pois estou certo que vos farão muito proveito!

2 comentários:

  1. Adurei ler a tua cena comprei um DJEMBE a pouco tempo e adurava saber tucar bem adoro porme nu meu canto e sentir algumas notas a sairem das maos em contacto com o djembe se tiveres mais dicas para me ajudares agradessia se puderes adiciona o meu mail presiso mesmo de ajuda canibal_blue_69@hotmail.com

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  2. Mi papá es un percusionista impresionante, ya que esto es parte de su relligiao, voy a empezar mis clases con él pronto djembe

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